FILMES || Um Desastre de Artista


The Room é, muito provavelmente, um dos filmes mais constrangedores, estranhos e fenomenais da Era do cinema. Um filme tão mau e tão estranho que se tornou genial. E o segredo para esta tragédia bem sucedida só tem um nome: Tommy Wiseau, que escreveu, dirigiu, representou e financiou todo o filme. Ninguém sabe, mesmo nos dias de hoje, de onde ele é, que idade tem nem como teve meios para financiar toda a produção, mas The Room é uma pérola tal que merecia um filme para contar a história de Tommy e de como toda a ideia surgiu. E assim foi.

Existem vários factores para que Um Desastre de Artista seja tão brilhante, a começar pela caracterização quase perfeita. James Franco está absolutamente irreconhecível e só soube que era ele quando mo segredaram ao ouvido, enquanto assistíamos. A transformação está muito fiel e extraordinária (e tenho de confessar: durante todo o tempo em que o Dave Franco estava caracterizado com barba, achei-o super parecido com o Ricardo!). O pormenor de os dois irmãos trabalharem juntos leva a química além da tela e dá o à vontade que fica em falta em The Room.

Embora possa nomear dezenas de razões para o filme ser uma obra prima, a verdade é que aquilo que torna o filme tão bom é o facto de ser verídico. Todos os momentos de humor non-sense dignos de uma comédia à séria ficam com a qualidade elevada por sabermos que realmente tal momento completamente imbecil aconteceu. O humor está na realidade e no retratar dos factos.

Recomendo completamente que assistam a The Room antes de partirem para Um Desastre de Artista porque, evidentemente, a experiência será ainda mais maravilhosa. Este ano estou completamente a leste no que toca a candidatos ao Óscar mas o James Franco merece-o pelo papelão. Já não chorava a rir a assistir a um filme há muito tempo.

7 comentários

  1. E assim me deixas com vontade de assistir a uma comédia! Não estava à espera desta :p

    Jiji

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  2. Estou com tanta curiosidade, quero mesmo ver este filme! Ainda mais agora que li o teu post, estou mortinha por ter uma folga ;)

    beijinho,
    Inês do blog: umblogindisponivel.blogspot.pt

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  3. Decidi ver hoje The Room, para depois poder ver The Disaster Artist como recomendaste aqui, e devo admitir que ainda só passou meia hora de filme, mas, já consigo compreender porque o descrevesse como constrangedor. Todas as pausas, os diálogos, as cenas no 1° filme deixam-nos a pensar Qué'sto?. Bem... quando acabar de ver o filme que suscitou esta publicação, digo-te alguma coisa. 😉

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    Respostas
    1. REalmente, eu não estava a reconhecer o James Franco, está tão bem caracterizado, até o sotaque é incrivelmente semelhante.
      Bem, a química entre os dois irmãos transparece de forma crua e bruta a relação do Tommy e do Greg. Conseguimos ver o The Room de uma forma completamente diferente depois de assistirmos a este. Mesmo assim, UAU, será sempre a minha reacção. Eu nem sabia se havia de rir ou desesperar com o absurdo do filme.

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    2. Não é??? Percebo totalmente a tua reacção. É qualquer coisa de... inédito x)

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  4. Eu vou ver The Room para entender melhor a história de um desastre artístico. A performance de Dave Franco que eu gostei muito, ele é muito talentoso. Dave Franco é muito bom em dublagem. O que ele se apresentou em Lego Ninja Go, foi muito engraçado. É um filme encantador desde o inicio, a historia e sobre todos os personagens são adoráveis. Sem dúvida é um dos mehores filmes animação que estrearam o ano passado. O ritmo da historia é ameno e a mensagem que tem o filme é muito fofa, definitivamente recomendado. A história é muito divertida e original, pelo mesmo, tanto crianças como adultos podem desfrutar dele. Foi uma grande surpresa de animação.

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