DAILY || Coffeehouse Feeling

Ao longos dos anos fui-me apercebendo da importância de incluirmos nas nossas rotinas - carregadas de responsabilidades, afazeres e pessoas a atender - momentos que, embora simples, façam a diferença na hora de desacelerar do dia, de abstrair de pensamentos stressantes e que nos fazem felizes simplesmente por existirem em toda a sua simplicidade e pureza. São importantes para nos relembrarmos que não há mal algum em reservarmos um momento do nosso dia para sermos quem quisermos, como quisermos e dá um sabor especial ao final dos dias.

Um desses momentos que eu adoro, ao final do dia, é de transformar o meu lugar numa coffeehouse. Gosto de meter jazz a tocar num volume baixinho, mas envolvente, de fazer uma chávena de chá - um clássico de Inês, certo? - e de ler uma revista recheada de conteúdos. Sim, poderia ser um livro, mas eu gosto da revista por um pormenor maravilhoso: a sua leveza. Seja qual for a revista que escolher, adoro esse momento porque sei que não vai ser violento nem exigente; só quero poder relaxar e saber das novidades, ler conteúdos interessantes, muitos deles enriquecedores, mas simples e que me façam, efectivamente, terminar a leitura ao fim de meia-hora, por a revista ter acabado. Um outro detalhe maravilhoso nesta rotina é o facto de ser tão offline. Talvez o Spotify seja o meu melhor amigo na hora de colocar uma playlist de jazz mas, de resto, tudo é numa realidade muito menos agitada. O tempo desacelera, a luz do dia começa a ficar dourada e a deslizar pelo sofá, a revista é de papel e não há luzes, notificações inconvenientes ou tempos limites para me debruçar sobre cada artigo e tudo tem um sabor mais natural e agradável.

Gosto de apanhar o meu cabelo, sentar-me à chinês no sofá com a revista pousada no colo e a caneca numa das mãos. Nunca a agarro pela pega porque o calor morno da loiça aquece toda a palma da minha mão e relaxa-me, quase como um efeito terapêutico (sabiam que os japoneses adoram este ritual? É por isso que as chávenas deles não têm pega). E vou lendo enquanto trauteio baixinho as músicas. Não sou esquisita ou elitista com os assuntos ou revistas que escolho. Só quero um momento para ser muito feliz e plena. São 30 minutos do meu dia que adoro fazer quando o final da semana se aproxima e que me ajudam a desligar da correria e iniciar uma rotina mais imprevisível, mais alegre, mais Inês, mais caseira ou com as minhas pessoas. Não a dispenso porque me faz feliz. E não podemos permitir que as rotinas e os compromissos levem de nós aquilo que nos faz felizes. Por mais simples que sejam esses momentos.


9 comentários

  1. É fácil esquecer-nos de nós na correria do dia-a-dia e só quando estamos à beira da exaustão é que pensamos no nosso bem-estar. Mas já vamos um pouco tarde.
    Como tu, considero as notificações e os lembretes constantes dos nossos dispositivos stressantes, só que ainda não consegui desligar-me deles... nem mesmo ao fim do dia. Tenho que começar a adoptar esse hábito, porque parece-me um óptimo final de tarde.

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  2. Como eu adoro esses momentos! Costumo fazer o mesmo, antes de dormir, com um livro. Ajuda mesmo a estar em paz. :)

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  3. Adoro estes momentos. E sabes o que faço? Vou mesmo para uma coffeehouse ou para um jardim e simplesmente fico lá, a pensar, a relaxar. :)

    TheNotSoGirlyGirl // Instagram // Facebook

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  4. Estou em plena faculdade, à espera que a minha professora chegue, e ler esta publicação desligou-me, por momentos. Senti-me calma, serena, a respiração compassada e leve, e não há palavras para te agradecer por esta reflexão tão necessária e certeira. Concordo plenamente contigo e acho, de igual forma, bastante importante quando dedicamos minutos a nós e somente a nós. O chá nunca falta, a música nem se fala, tudo o resto é conversa! E é tão reconfortante, ajuda-nos a crescer imenso... Um bem bastante necessário! ♡

    LYNE

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  5. Não só é bom, como é muito necessário fazer essa pausa. Tirar um tempo, alguns minutos que seja, para nós e para nos desligarmos de tudo o resto. Funciona mesmo como um recarregar de baterias, depois de um dia mais ou menos trabalhoso. Um grande beijinho :)

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  6. Inês, tal como fazes para os filmes e livros, podias fazer posts sobre as tuas músicas, em especial do jazz que tanto falas :)

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  7. Inês, tu és tão hygge! É que foi mesmo inventada para ti, tenho sempre a sensação hygge quando vejo um conteúdo teu (tanto no blog como nas tuas fotos!)

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    1. Estou derretida com este elogio amoroso, muito, muito obrigada! :)

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