É dos poucos filmes na corrida ao Óscar que eu tinha curiosidade para assistir. Aliás, eu queria ler o livro em primeiro lugar, mas o desejo de conhecer a história foi tão grande que me permiti a assistir ao filme primeiro.
Hidden Figures decorre no climax da corrida espacial travada entre os Estados Unidos e a União Soviética, durante a Guerra Fria. Numa época em que o espaço ainda era uma incógnita maior do que a actualidade, colocar um homem no espaço era determinante para ditar as regras do futuro. E todos os segundos contavam.
É aqui que uma equipa de especialistas feminina entra e torna-se determinante para que uma das maiores operações tecnológicas na História da NASA aconteça. As suas capacidades extraordinárias e geniais na matemática, física e engenharia provaram que, sem elas, os Estados Unidos teriam perdido a corrida. E o que as torna ainda mais especiais, além de serem mulheres num mundo de homens? São mulheres negras.
O filme retrata muito bem estes dois detalhes; o preconceito para com mulheres e para com pessoas de cor ainda era evidente e, mesmo tratando-se de mentes brilhantes, Dorothy, Katherine e Mary tiveram de lutar muito para conquistar uma posição na NASA e para garantir os seus direitos - desde uma mera casa de banho, à entrada numa Faculdade exclusiva para brancos -. São, portanto, rostos pioneiros numa série de vitórias sociais.
Apesar do tema bastante sério - e urgente, uma vez que, especialmente nos Estados Unidos, ainda existe um racismo visceral e arcaico - o filme é muito agradável de se assistir e com uma fórmula leve e de humor estratégico. É impossível não sentir empatia pelas protagonistas e retirar daqui não só lições valiosas sobre a luta pelos direitos humanos como também o valor da amizade, do apoio incondicional da família, da importância que é termos quem amamos como nosso pilar e de que jamais devemos diminuir quem nós somos e as nossas capacidades.
É um filme inspirador, com muita matemática, muita NASA - que adoro! - e muito bom humor. Prometo ler o livro porque quero saber mais sobre estas mulheres inspiradoras. Elas são a prova de que não há limites para o conhecimento, para a aprendizagem, para a luta e para a coragem.
Ainda não vi, mas depois de ler o teu post, vou ver de certeza! Beijinhos :)
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Sem dúvida um dos melhores filmes de 2016. Esta é uma daquelas histórias que merece ser contada e fiquei bastante satisfeito com o resultado final. O elenco é fantástico e adorei a forma como incorporaram momentos humorísticos sem comprometer a mensagem. Só não percebo como é que a Octavia Spencer recebeu a nomeação ao Óscar e a Taraji P. Henson foi completamente descartada. Oh well!
ResponderEliminarRicardo, The Ghostly Walker.
Quero muito ver este filme.
ResponderEliminarAinda não vi o trailer, mas achei a descrição do filme e a tua revisão muito interessantes. Será mais um para ver.
ResponderEliminarEu tenho que ver este filme!! Não só pela premissa mas porque adoro cada uma dessas atrizes!!!
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